CLI/SP: entenda a Classificação de Risco (baixo, médio, alto)

O que é o CLI/SP? O Cadastro de Licenciamento Integrado é o sistema onde acontece a classificação de risco e o trâmite de licenças. Do processo resulta o Certificado de Licenciamento Integrado (CLI), documento estadual emitido pela JUCESP via VRE|REDESIM, que consolida as liberações dos órgãos (Prefeitura/ALF, Vigilância Sanitária, Bombeiros, CETESB etc.).

Como a Classificação de Risco funciona

No VRE|REDESIM, cada órgão classifica o risco da atividade de forma independente (por atividade/CNAE quando aplicável). Na Prefeitura de São Paulo, o resultado pode ser Baixo, Médio ou Alto. Após concluir as etapas de todos os órgãos, você clica em Emitir CLI para baixar o certificado.

Importante: “Baixo/Médio/Alto” para a Prefeitura (ALF) não impede que outro órgão classifique diferente (por exemplo, Vigilância Sanitária ou Bombeiros). O CLI só sai quando todas as pendências estiverem concluídas no VRE|REDESIM.

Fluxo por nível de risco (Prefeitura de São Paulo – ALF)

Baixo Risco

Sem emissão de ALF municipal (para os casos em que a legislação prevê dispensa). No VRE, a situação aparece como “Concluída” e as orientações ficam em “Informações Complementares”.

Médio Risco

ALF eletrônico pelo VRE|REDESIM, com declarações e ART/RRT do responsável técnico anexadas. Após assinar eletronicamente, o link do ALF fica disponível.

Alto Risco

ALF via Subprefeitura (processo administrativo) com análise técnica e eventual vistoria antes da liberação.

Exemplos de atividades por nível

Os exemplos abaixo focam no enquadramento municipal (ALF) e não substituem exigências de outros órgãos. Sempre valide cada CNAE e órgão no VRE|REDESIM.

Baixo Risco (Prefeitura de São Paulo)

  • Serviços profissionais e técnicos: advocacia, contabilidade, consultoria em gestão, arquitetura, engenharia, design, fotografia, pesquisas de opinião, agências de viagem.
  • Serviços pessoais: cabeleireiros, manicure e pedicure; higiene e embelezamento de animais; atividades de condicionamento físico.
  • Educação e cultura: escolas (diversas modalidades), idiomas, cursos livres, bibliotecas, museus.
  • Comércio/serviços diversos: locação de equipamentos, serviços de limpeza, paisagismo, fotocópias, teleatendimento, organização de eventos, reparos diversos (relógios, bicicletas, joias, eletrônicos de uso pessoal).
  • Saúde de consultório: atividade odontológica, enfermagem, nutrição, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, podologia, acupuntura (atenção: outros órgãos podem exigir licenças sanitárias específicas).
Base legal (Baixo Risco municipal): Lista extensa de CNAEs nos Decretos 57.298/2016 e 58.419/2018, que definem as atividades de baixo risco para o Município de São Paulo.

Médio Risco (exemplos típicos por exigência de declarações/documentos)

  • Consultórios e clínicas de baixo impacto (sem procedimentos invasivos), estúdios e serviços que exigem comprovação técnica e condições do imóvel (acessibilidade, rotas de fuga, instalações).
  • Comércios com atendimento ao público e pequena manipulação não sensível (quando o órgão competente não classificar como alto risco e exigir apenas autodeclaração e ART/RRT).
  • Atividades sujeitas à Vigilância Sanitária nível II (quando a Portaria municipal/estadual apontar fluxo integrado via VRE com emissão do CLI equivalente à licença, sem vistoria prévia).

Alto Risco (exemplos típicos)

  • Estabelecimentos de saúde com procedimentos invasivos (hospitais, centros cirúrgicos, clínicas com sedação/anestesia).
  • Atividades com grande público e maior complexidade de segurança (ex.: centros comerciais de grande porte) – exigem análise detalhada e vistorias.
  • Atividades com potencial ambiental/químico (ex.: postos de combustíveis, indústrias com substâncias perigosas) – sujeitas à CETESB e Corpo de Bombeiros.

CNAE x risco: como consultar corretamente

O CNAE é o ponto de partida, mas o risco final depende de cada órgão. No VRE|REDESIM, responda aos questionários de risco e verifique as “Informações Complementares” para cada atividade. Se todas as pendências forem concluídas, o sistema libera o CLI para download.

Passo a passo prático

  1. Acesse o VRE|REDESIM (vreredesim.sp.gov.br) e selecione Novo Licenciamento.
  2. Escolha as atividades/CNAEs a licenciar e faça a avaliação de risco por órgão.
  3. Para “Médio Risco” municipal, anexe ART/RRT, assine as declarações e gere o ALF eletrônico.
  4. Para “Alto Risco” municipal, protocole na Subprefeitura (processo administrativo e vistoria).
  5. Concluídas as etapas de todos os órgãos, clique em Emitir CLI e baixe o certificado.

Perguntas Frequentes

CLI é estadual ou municipal?

O certificado (CLI) é estadual (emitido pela JUCESP via VRE|REDESIM). O processo integra licenças municipais (ex.: ALF) e estaduais (ex.: sanitária, ambiental, bombeiros), de acordo com a atividade.

Baixo risco precisa de ALF?

No Município de São Paulo, em muitos casos de Baixo Risco a legislação não prevê emissão de ALF. A situação aparece como “Concluída” no VRE, e você segue com os demais órgãos, se houver.

Quem emite o CLI e quando?

Depois de finalizar as etapas/pendências de todos os órgãos no VRE|REDESIM, você acessa Solicitar Licenciamento e clica em Emitir CLI para baixar o certificado.

Existe isenção de licenças para baixo risco?

Sim, a Lei de Liberdade Econômica prevê dispensa de atos públicos de liberação para atividades de baixo risco (conforme listas e normas aplicáveis). Ainda assim, outros órgãos podem manter exigências específicas.

Como comprovar o Médio Risco municipal?

Por autodeclarações e ART/RRT anexadas no VRE, assinadas digitalmente. O ALF é emitido eletronicamente.

E o Alto Risco municipal?

Exige processo e análise na Subprefeitura e, em geral, vistoria prévia antes da emissão do ALF.

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